Mais uma prova disso foi dada hoje, com a derrota do futebol feminino para as americanas. De novo, meu deus, de novo! E para os Estados Unidos! Como se eles já não tivessem medalhas o suficiente, vieram tirar a nossa, justo essa, justo essa tão merecida...
Com o futebol masculino é diferente, todo mundo já tem uma certa birra deles, “pelo menos serviu pra queimar o Dunga”, alguns dizem, “esses caras não estão nem aí pras Olimpíadas”, outros comentam. A gente até enche a boca pra dizer “bem-feito” depois daquele vexame contra a Argentina.
Mas as meninas... as meninas são diferentes. Aquela era a chance da vida delas. Elas não têm os campeonatos nacionais esperando-as de volta, os times milionários negociando seus passes, as torcidas ensandecidas gritando seus nomes. A Olimpíada seria o auge. E, mais que isso, seria a revanche contra os Estados Unidos. Seria a prova de que nós também podemos chegar lá, que nós também temos estrela. Seria a coroação merecida de uma carreira de muito suor e pouco reconhecimento. Seria uma faxina na alma.
Alguém poderia até argumentar que elas ficaram nervosas na final, que não jogaram o futebol que sabem jogar, que sucumbiram diante da pressão, mas nem isso, nem isso dá pra dizer! Elas jogaram um bolão, foram superiores o tempo todo. Parece que até a meritocracia só vale para os ricos neste mundo...
É injusto, é injusto no limite do incompreensível.
A frase do dia hoje só poderia ser uma:
“Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem.”
(Evangelho de São Mateus 13, 12)
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Um comentário:
Citando a biblia? =)
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