sábado, 12 de dezembro de 2009

Ouvi e gostei

Recomendações musicais de leigo para leigo.



Álbum novo da Norah Jones - The Fall. Nada a ver com ela, a começar pela capa (que diabos é esse cachorro??? e essas roupas e aquela parede? e o chapéu?). As músicas também pouco lembram o hit Don't know why e outros sucessos anteriores. Tem uns efeitos eletrônicos, umas guitarras mais pesadas, coisas que a gente nunca esperaria nessa bonequinha de porcelana que é a Norah Jones. Mas não é que o negócio é bom? A voz suave e o piano continuam lá, mas de um jeito diferente. Adorei. Acho muito bom ser surpreendido, pena que acontece tão pouco... Destaque para Young Blood, Chasing Pirates (a mais estranha das músicas - e muito boa!) e Waiting, a minha preferia até agora (I am waiting here, waiting for you to come home, huuummm huuummm....).




Álbum novo do Jamie Cullum - The Pursuit. Muito bom, como sempre. Destaque para sua versão de Don't stop the music, da Rihanna. Nunca gostei dessas cantoras estilo sou-rica-gostosa-poderosa-faço-o-que-que-eu-quiser, mas tenho que admitir que essa música é muito boa. A letra é ótima, não do estilo pra pensar na vida e tal, mas pelo jeito que casa perfeitamente com a melodia, pela pegada meio sexy, ousada, mas na medida certa... Preciso dar uma crédito pra Rihanna, não consigo parar de cantar. Gostei muito também de I'm all over it, com aquele coralzinho cantando o refrão, meio estilo All you need is love. Adoro quando as músicas tem coralzinho.






Álbum novo do Kings of Convenience - Declaration of Dependence. Essa duplinha de caras esquisitos da Noruega manda muito bem. Já tinha ouvido os álbuns anteriores e gostado muito. Ao contrário da Norah Jones eles não inovaram nada, as novas músicas são muito parecidas com as anteriores, mas é excelente. Adoro isso, também, não ter regras, com inovação, sem inovação, o que vale é música boa. Destaque para Me in You e Renegade (go eeeeeeeasy on me, I can't help what I'm doing....). O que acho engraçado no Kings é que as músicas são tão calminhas, tão gostosas de ouvir, tão bem-feitas que parece que qualquer um poderia compô-las. A impressão que dá é que eles fizeram o álbum todo do jeito que aparece aí na foto, sentados numa praia, sem compromisso nenhum. Eu só acordo pra vida e vejo como é difícil fazer música boa quando ouço música ruim. Esse é um talento raro, fazer o difícil parecer simples.