Se eu tenho a Clarice Lispector como porta-voz, será que preciso dizer mais alguma coisa?
Trecho da crônica “Noveleta”, de 24 de janeiro de 1970:
“Suponho que, arbitrariamente contrariando o sentido real da história, eu de algum modo já me prometia por escrito que o ócio, mais que o trabalho, me daria as grandes recompensas gratuitas, as únicas a que eu aspirava. É possível também que já então meu tema de vida fosse a irrazoável esperança, e que eu já tivesse iniciado a minha grande obstinação: eu daria tudo o que era meu por nada. Ao contrário do trabalhador da história, na composição eu sacudia dos ombros todos os deveres e dela saía livre e pobre, e com um tesouro na mão.”
* ou será que este sempre foi o espírito??
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