Aparentemente não é só para mim que este é o filme da vez, mas para um monte de gente aí fora. Pelo menos três amigos diferentes me recomendaram este filme recentemente. E para conseguir alugá-lo, tive que fazer reserva em duas locadoras e esperar mais de uma semana. O boca a boca está fazendo efeito.Não é para menos, o filme é magnífico.
Para não perder muito tempo contando do que se trata, já que o assunto aqui é outro, copio descaradamente a sinopse do imdb:
“After graduating from Emory University, top student and athlete Christopher McCandless abandons his possessions, gives his entire $24,000 savings account to charity and hitchhikes to Alaska to live in the wilderness. Along the way, Christopher encounters a series of characters that shape his life.”
Eu poderia discorrer por vários parágrafos sobre as qualidades do filme. A esplêndida fotografia, e não daquele tipo que é apenas exibicionismo gratuito do diretor de fotografia, mas sim do tipo que é fundamental para a história; a trilha sonora perfeita feita por encomenda por Eddie Vedder (e como ele estava inspirado!); o roteiro irretocável em cada diálogo, em cada monólogo, em cada silêncio, do início ao fim; as atuações tocantes de todos os atores, desde o principal, até cada coadjuvante, mesmo os que aparecem apenas por alguns minutos na tela. Uma aula de cinema dada pelo sr. Sean Penn.
Mas não é por isso que esse filme é importante. Ele é importante simplesmente por ter sido feito e por ter sido feito agora. Penso que não foi por acaso que aquele rapaz fez o que fez. Assim como não é por acaso que eu estou fazendo o que estou fazendo. Não somos aberrações, somos frutos do nosso tempo. Apesar de ainda estarmos engatinhado (todos nós) nesse planeta, estamos crescendo e aprendendo e rápido.
Não é coincidência. Algo está no ar. Pare e veja e sinta e ouça. O mundo está mudando e os sinais estão por todas as partes.

