segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ciclistas na Paulista

Na semana passada, uma ciclista foi atropelada por um ônibus na Avenida Paulista e morreu. Não era uma aventureira, era uma ciclista experiente e preparada.
Além de trágico, o acidente foi um balde de água de fria. Eu, que estava ensaiando me tornar uma "bicicleteira" também, desabei depois dessa notícia.
Acredito de verdade que a bicicleta seja uma das melhores soluções pro trânsito de São Paulo e queria fazer a minha parte. Mas... e o medo? Por mais que você faça a sua parte, cumpra as regras e tome todas as providências possíveis e cabíveis para se proteger - como a Márcia fez - ainda assim você fica à mercê da selvageria (ou ignorância, ou descuido, ou o que quer que seja) dos veículos maiores. É uma grande ironia: aqueles que estão colaborando são massacrados pelos que estão atrapalhando...

Aproveito também para divulgar esse post sobre o assunto, que encontrei na rede. O texto é comovente e esclarecedor. Uma grande inspiração, se não para se tornar um ciclista, ao menos para se tornar um motorista melhor.

Se não tiver tempo de ler, veja ao menos as fotos. Elas falam por si. E lembre-se: quando passar por uma bicicleta, mantenha 1,5m de distância, no mínimo. Está na lei. E ao invés de reclamar porque teve que diminuir a velocidade, mudar de faixa, levar buzinadas, etc, lembre-se de aquele ciclista significa um carro a menos na rua. Ou seja, ele não está te atrapalhando, e sim te ajudando (mini-sermão que serve para mim, em primeiro lugar).

Enquanto não recupero a coragem para pedalar, tentarei ao menos ser uma motorista melhor.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A farsa dos cisnes

No final do ano fui com minha amiga Carina ao Teatro Municipal de São Paulo assistir ao balé O Lago dos Cisnes. O Lago dos Cisnes dispensa apresentações, certo? Todo mundo sabe que é aquele das bailarinas de tutus brancos, imitando frágeis e esbeltos cisnes num lago. A trama não tem nada de surpreendente: a personagem principal é a princesa Odette, transformada em cisne pela vilã da história, Odille, facilmente reconhecível por seu exclusivo tutu negro. Como não poderia deixar de ser, há também um príncipe para libertar a princesa de sua maldição. Existem até duas versões diferentes para o final, uma feliz e uma triste, conforme descobri recentemente no Wikipédia. Mas tramas à parte, o que interessa mesmo numa apresentação do Lago dos Cisnes, ao menos o que Carina e eu esperávamos ansiosamente ver, é aquela nuvem de bailarinas branquinhas, flutuando sobre as pontas dos pés em sincronia quase sobre-humana, e a princesa-cisne morrendo, dramaticamente, ao som da música imortal de Tchaikovsky. O que se viu naquela tarde, entretanto, foi uma patuscada em formato de dança moderna daquelas que só nossos melhores pseudo-intelectuais conseguem produzir. As sapatilhas foram substituídas por pés descalços. Os tutus brancos, por farrapos sujos. E a coreografia, por espasmos sem sentido e corpos se arrastando no chão feito vermes.

Claramente a idéia era chocar, fazer algo diametralmente oposto ao que as pessoas esperavam e assim, pressupõe-se, levá-las à reflexão. Nada contra a idéia em si. O problema é o cheiro de rebeldia sem causa que isso tudo exala. Provocar por quê? Alertar contra o que? Protestar contra o que? A fome no mundo? A guerra no Iraque? A corrupção no Brasil? O socialismo, o capitalismo, a esquerda, a direita? “A mesmice e falta de criatividade que imperam no meio artístico brasileiro?” E por que usar o Lago dos Cisnes para isso? Fui ler o programa do concerto em busca de alguma dica para decifrar esse mistério:

“Lago dos Cisnes?

Por que não dizer Pântano dos Homens? Não há, na poética de Sandro Borelli, qualquer traço contínuo que implique preceito moral, reflexão sociológica, psicológica ou teológica com a função de conduzir a narrativa. Aliás, não existe a narrativa, no sentido do desenvolvimento dramatúrgico tradicional, apenas o ato de dissecar o conteúdo emocional e/ou espiritual de uma ação, de um gesto, de uma situação ou de uma atitude que seja índice de mistérios do drama humano.”

Pântano dos Homens? Traço contínuo? Reflexão teológica? Ato de dissecar? Haja vontade de interpretar! Vejam por exemplo a primeira frase: "Não há, na poética de Sandro Borelli, qualquer traço contínuo que implique preceito moral, reflexão sociológica, psicológica ou teológica com a função de conduzir a narrativa.” Uma interpretação plausível para essa sentença é que o coreógrafo não se apóia em discussões teóricas para criar sua obra, ele utiliza outros tipos de recursos. Fica no ar, então, a pergunta: “que recursos?” A continuação natural para esta frase seria algo do tipo: “Há, sim, traços...”. O texto, porém, continua com um “aliás”, palavra que introduz uma interrupção, um comentário sobre algo que foi dito antes. Ao final do comentário, é de se esperar que o raciocínio iniciado antes continue. Mas não é o que acontece. O comentário termina, mas o raciocínio não é finalizado. O complemento pendente na frase inicial, aquilo que explicaria em que se baseia a poética de Sandro Borelli, nunca vem. Talvez, então, a explicação que eu buscava estivesse no comentário: “Aliás, não existe narrativa, no sentido de desenvolvimento dramatúrgico tradicional, apenas...”. A ausência de uma linha narrativa foi realmente muito fácil perceber. Mas o que vem em seguida, aquilo que deveria explicar o que existe no lugar da narrativa, é mais uma sentença-enigma: “...apenas o ato de dissecar o conteúdo emocional e/ou espiritual de uma ação, de um gesto, de uma situação ou de uma atitude que seja índice de mistérios do drama humano.” Difícil, não? Mais uma vez, pode-se até pensar numa interpretação plausível, algo como “o objetivo de toda aquela desordem tão cuidadosamente calculada era refletir sobre o drama humano”. Mas ainda assim fica a dúvida: que drama? O ciúme? A morte? O amor? O medo? E o que isso tem a ver com o Lago dos Cisnes???

Pensei, pensei e não cheguei a lugar nenhum. A frase inicial diz o que ele não fez, o comentário interrompe mas não acrescenta nada e a conclusão... bem, a conclusão não existe. Entenderam? A confusão do texto só reflete a confusão da peça.

Quando o espetáculo começou ainda nutri uma ingênua esperança de que aqueles seres rolando no chão estivessem representando apenas o cenário e que os verdadeiros bailarinos apareceriam logo em seguida. Mas eles não apareceram nunca. E o momento em que eu cheguei a essa conclusão foi provavelmente o mais triste da noite. Foi quando percebi que teria de ficar ali até o fim, assistindo ao brutal assassinato do Lago dos Cisnes... Onde estavam as bailarinas branquinhas? Onde estavam Odette e Odille, as mais célebres antagonistas da história do balé clássico? Talvez vendo os vídeos abaixo vocês tenham uma vaga idéia do meu desespero:

A "nuvem":






O cisne negro:


A morte de Odette:


Juro que chorei. Literalmente. Nos momentos de maior dramaticidade eu me lembrava da coreografia original (que já vi inúmeras vezes) e chorava ao ver o que estava sendo feito no palco: espasmos, ataques epiléticos, seres vestidos como mendigos rolando pelo chão, jogando a cabeça para um lado e para o outro, e de repente um deles empurra a bunda do outro com a cabeça (impagável!), e o outro dá uns pulinhos desengonçados, tudo, aliás, é propositalmente desengonçado, as pernas, por exemplo, nunca ficam completamente esticadas, e então todos param e apontam para cima, e ficam lá parados apontando para cima durante vários minutos, e você ali na platéia fica tentando entender por que eles estão apontando para cima, afinal, se eles ficam ali parados durante tanto tempo apontando para cima é porque aquilo significa alguma coisa, alguma coisa que só o coreógrafo, em sua infinita genialidade, entendeu, e assim, nessa toada, o baile dos zumbis prossegue durante quase duas horas.

Se eu soubesse de antemão que iria assistir a um espetáculo de dança moderna e se esse espetáculo não usasse o nome do balé mais famoso do mundo para se divulgar, talvez eu não tivesse ficado tão irritada. Mas descobri tardiamente que o nome do espetáculo não era Lago dos Cisnes, e sim “Lago dos Cisnes?”, assim, com ponto de interrogação. Detalhe precioso que ninguém se deu ao trabalho de mencionar no site do teatro ou no material de divulgação. No ingresso também não havia ponto de interrogação. Ou seja, uma pequena “esperteza” com o título que pouparia muita frustração, mas venderia menos ingressos...

A coreografia não era de todo ruim, devo admitir. Mas a falta de coerência da mensagem aliada à ousadia de reinventar uma obra consagrada foi fatal. Até compreendo que havia ali uma intenção, um propósito. Sandro Borelli, o coreógrafo, talvez quisesse chamar a atenção para as diferentes possibilidades de lirismo que a arte oferece. Talvez ele quisesse nos sacudir e dizer “Ei! Veja que a beleza não está apenas nos tutus brancos em perfeita sincronia. Se você olhar com calma verá que também pode existir beleza no caos”. Sim, é possível existir beleza no caos. Mas ela é tão complexa e delicada quanto a beleza da ordem, portanto não basta fazer diferente para fazer bonito. O espectador está atento e sabe quando uma idéia não tem alma.

Por tudo isso – o inesperado da obra, o mau-gosto generalizado, o engodo do título – a noite se transformou numa tortura. Saí sem aplaudir, não como forma de protesto, mas porque simplesmente não consegui aplaudir. Minha indignação era justamente a de alguém que ama a arte e leva isso muito a sério. Acredito que receber de volta os 15 reais do meu ingresso seria mais do que justo nessa situação. Mas a única coisa que realmente me consolaria seria ver o Lago dos Cisnes original, em todo o seu esplendor, sem uma gota de caos. Pelo menos existe o youtube!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Frase do ano 2008, em versões para todos os gostos

De John Lennon:

I was always a rebel. But on the other hand, I want to be loved and accepted by all facets of society and not be this loudmouth, lunatic poet-musician. But I cannot be what I am not.

Supostamente de Nietzsche (no livro "Quando Nietszche Chorou"):

Mas um das minhas sentenças de granito é: ‘Torna-te quem tu és.’

Do filme “Cartas na Mesa”:

We can't run from who we are. Our destiny chooses us.

De Leif Ove Andsnes, um dos melhores pianistas da atualidade, durante sua master class na Faculdade Santa Marcelina, em resposta ao aluno que lhe perguntara que conselho daria a quem aspirava ser pianista profissional:

Be true to yourself. Listen to what feels right.

E, para arrematar, o complemento perfeito para essas frases, adaptado do filme (excelente, aliás) The Bluetooth Virgin:

O que fazer enquanto você não se torna quem você é?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Momentos marcantes

Quem aqui não se lembra da propaganda do Carlinhos?

Para mim, essa propaganda foi um marco. Lembro como se fosse hoje: eu em casa, vendo novela, conversando, jantando, sei lá, totalmente distraída, quando começo a ouvir aquela música, e em menos de dois segundos eu já tinha esquecido tudo que estava fazendo e colado os olhos na tela, pensando: “caralho, que música é essa???” Foi assim mesmo, como se tivesse sido enfeitiçada. Pudera. Fake Plastic Trees não é o tipo de música que você ouve e sai ileso. E diz muito sobre quem a compôs. Naquele minuto e meio da propaganda eu já soube que, quem quer fosse a banda ou cantor responsável por aquela música, certamente era alguém que sabia o que estava fazendo e não estava nesse mundo de brincadeira.

A música tocou muito nas rádios a partir daí. Acredito mesmo que o Radiohead só ficou mais conhecido no Brasil a partir desse comercial. Devo admitir que foi uma bela introdução. Não sei qual a agência responsável por ela, mas mandou muito bem. A meu ver está mais para arte do que para comercial.

Foi um momento inesquecível, desses que você conta pros netinhos na velhice: a primeira vez que ouvi Radiohead.

Bem, pra matar a saudade segue aí o vídeo (e viva o youtube!):


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Não se leve tão a sério (ou um outro jeito de ver a “perspectiva cósmica”)

Já que ando meio devagar para composições próprias, vou divulgar aqui uns textos excelentes que li já faz um bom tempo, mas que merecem (e como!) a lembrança. Afinal, sempre estive mais para mecenas do que para artista.

O primeiro é essa pérola que o Monteiro Lobato escreveu a respeito de um quiproquó sobre sua entrada na Academia Brasileira de Letras. É um lado do Monteiro Lobato que a maioria das pessoas desconhece. Devo os créditos, porém, ao meu amigo João, que descobriu esse texto no meio de suas pesquisas para a tese de Mestrado e teve a sabedoria de publicá-lo no seu Blog. O Blog dele anda meio desativado, mas vale a visita só pelos textos antigos.

O segundo é um texto publicado no Digestivo Cultural, um site que também vale a visita. Foi escrito pelo colunista Eduardo Mineo, inspiradíssimo nas suas provocações sobre deus e o diabo.

Divirtam-se!

(1)
“(...) O arremate final do paradigma do ‘engraçado arrependido’ vem com um episódio de seu próprio criador, Monteiro Lobato. Já que tomamos seu pequeno conto de 1918 como inspiração para compreender a auto-imagem destes humoristas brasileiros da Belle Époque, é impossível não concluir com a menção a um episódio semelhante quando se propõe, pela terceira vez, desta feita no ano de 1944, o nome do próprio Lobato para a Academia Brasileira de Letras. Antes da consumação do episódio, contudo, é ele mesmo que resolve desistir da candidatura, decisão que parecia um tanto óbvia, já que era inimaginável que o escritor participasse das mesmas reuniões com um acadêmico pelo qual ele nutria um ódio explícito – Getúlio Vargas. O mais importante, contudo, para ilustrar o paradigma do ‘engraçado arrependido’, vem numa carta furibunda que Lobato escreve para [o amigo] Cassiano Ricardo, naquele mesmo ano:

Chegaram-me ao ouvido tantas intrigas a respeito da minha entrada lá, que resolvi pôr fim à situação com um coice, mas estava a mil léguas de supor que ias assim tão magoado. Não culpe o Menotti. Ele fez tudo direitinho. O ruim, o peste, sou eu só. E sabe por quê? Porque não consigo levar a sério coisa alguma nesse indecentíssimo mundo. Academia, presidente, papa, bispos, generais: tudo bonecos, sacos de tripa com muita merda por dentro e só vaidades e bobagenzinhas por fora. A humanidade: um sórdido formigueiro de trágicos pequeninos bípedes a se agitarem num planetinha dos mais vagabundos, um milhão de vezes menor que o Sol, o qual é outra pulga num sistema onde há sóis milhões de vezes maior[es] do que ele. Tudo pulga e pulgões. Tudo zero. Tudo nada. E tudo vaidade das vaidades. O Eclesiastes está certo – é a única coisa certa no mundo – a única coisa decente que o bichinho homem jamais escreveu. Tudo é vaidade e aflição de espírito (...) Você está errado. Toma a sério demais coisas e bichos que não merecem ser tomados a sério. Toma a sério um planeta que no nosso próprio sistema planetário não passa duma isca de pó. Abra um livro de Astronomia e envergonhe-se de fazer parte do rebanho de pulgões que parasita esta isca de pó. Imortais, imortalidade, latas, instituições, reis, presidentes, Getúlio, Armando, Churchill, Stalin, Hitler, tutti quanti: pulguinhas magras convencidas de que são gordas. Literatura: bichinhos dizendo o que pensam de outros bichinhos. Tudo bicharia. Bicheira. Tudo bobagem. Ponha o Eclesiastes em teu criado-mudo e faça dele teu livro de cabeceira – e ria-se comigo do sórdido rebanho que rola às cegas para o abismo da morte, um a falar mal do outro, um a aporrinhar o outro, a roubar o outro, a enganar o outro, a disputar latas vazias, etc. etc.

Mude de ponto de vista e sararás – e rirás do que agora te faz sofrer. Dispa as grandes gentes e veja como são grotescas. Ponha o papa nu, de cuecas, com a piroquinha murcha pendurada e veja se há uma beata que tenha coragem de lhe beijar o pé chupelento. Tome o figurão mais importante aí do Rio e veja-o no banheiro, de cócoras na ‘Pescada’, peidando – botando para fora os resíduos fedorentos do que comeu no [Bar] Brama. E vai você aborrecer-se por causa deste cagão?

Vanitas vanitatem. Tudo é vaidade e aflição de espírito. Distribua um cacho de bananas para os imortais que te aporrinharem por causa do Lobato e ria-se, e vá lavar a alma com um chope no Simpatia. Tome um por você e outro por mim – dos grandes. E ria-se, ria-se, pois só o riso nos salva.

(Excertos extraídos de: SALIBA, Elias Thomé. – Raízes do Riso: a representação humorística na história brasileira – da Belle Époque aos primeiros tempos do rádio. – São Paulo: Companhia das Letras, 2002. – pp. 147-148)."


(2)
Não ria!
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=2582

Amy Winehouse e a farra criativa

Hoje ouvi no rádio a seguinte notícia: “O dono da gravadora que produz os CDs de Amy Winehouse disse que ouviu demos de novas músicas da cantora e classificou o trabalho como sensacional.”

Mas será o Benedito?! Quanto mais ela tenta se destruir mais o talento dela brilha?? Esse tipo de situação tem cheiro de ironia celestial... Pense bem: enquanto a maioria dos mortais faz tudo conforme o figurino, ou seja, trabalha, estuda, prepara currículo, acorda cedo, guarda dinheiro, vai ao médico, faz exercícios, come frutas, legumes e verduras, ela fica lá enchendo a cara, cheirando até o nariz fazer bico e borrocando os olhos com delineador. Mas quando resolve trabalhar um pouquinho, nos curtos intervalos de lucidez entre uma rehab e outra, eis que o gênio aparece e, sem esforço ou disciplina alguns, uma nova obra-prima é gerada.

É o mito do artista boêmio se revitalizando mais uma vez. De tempos em tempos parece que precisamos deles pra quebrar a monotonia. Dá pra imaginar, por exemplo, a Marilyn Monroe morrendo velhinha, cheia de plásticas e netinhos? Dá pra imaginar o Kurt Cobain cortando a grama do jardim e morrendo de infarto aos 70 anos de idade? Não, não dá, não tem o menor glamour. Até a música clássica tem exemplos assim. Quem não se lembra do embate Mozart x Salieri no filme Amadeus? Salieri era um compositor de certo talento da época, esforçado e disciplinado, mas teve sua obra ofuscada pelo brilho de Mozart. Já Mozart era um fanfarrão, mas quanto mais farra ele fazia, melhor sua música ficava.

Alguém por aí já inventou a expressão “ócio criativo”. Eu estou pensando em cunhar a expressão “farra criativa”. Ah, se fosse fácil assim, né? Se bastasse cortar a orelha pra virar Van Gogh, ou se bastasse casar oito vezes pra virar Vinícius, ou se bastasse se entupir de drogas pra virar Amy. Não, não... a “engenharia reversa” não se aplica à vida, por isso em todo caso é melhor continuar pagando a previdência privada..

terça-feira, 4 de novembro de 2008

WAGNER & BEETHOVEN

Esse foi o melhor blog que me apareceu nos últimos tempos, e olha que tenho visto vários.
Tô rindo que nem besta aqui...

http://wagnerebeethoven.blogspot.com/

"O CÂNONE DA MÚSICA ERUDITA OCIDENTAL É PEQUENO DEMAIS PARA NÓS DOIS, CARA"